Anticoncepcionais: Riscos e Benefícios

Você sabe o que é um anticoncepcional? Bom, é provável que já tenha ouvido falar que eles são medicamentos utilizados para impedir que uma gestação ocorra. E é bem por aí mesmo!

No entanto, poucas pessoas param para pensar no que os anticoncepcionais representam para a vida das mulheres e para a sua saúde. Você já fez esse tipo de reflexão?

O que são anticoncepcionais?

Anticoncepcionais são medicamentos hormonais que têm o objetivo de prevenir a gravidez em mulheres. Eles são métodos que agem diretamente no corpo feminino, diferenciando-se de outras estratégias contraceptivas, como é o caso do DIU, do preservativo e muito mais.

Vale a pena ressaltar que esses medicamentos não têm função de prevenir a ocorrência de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Por isso, o uso combinado de camisinha é recomendado para todas as pessoas.

Qual é a sua importância social?

Além de ser um medicamento e tanto para a saúde da mulher, os anticoncepcionais têm uma importância histórica e social muito grande. Desenvolvidos por volta da década de 1960, eles revolucionaram o papel feminino no mundo e permitira que as mulheres alcançassem lugares que antes não seriam possíveis.

A partir da possibilidade de planejamento da gestação, as mulheres conquistaram uma maior autonomia para os seus corpos e suas vidas. Com isso, foi possível que elas começassem a planejar também as suas carreiras, alcançando postos no mercado de trabalho, e se dedicar aos seus sonhos.

De certa forma, então, é possível dizer que os anticoncepcionais foram um importante passo para movimentos como o feminismo. E talvez você não saiba, mas hoje já existem pesquisas bem promissoras sobre anticoncepcionais para uso masculino.

Quais são os seus benefícios?

No tópico anterior, falamos sobre dois importantes benefícios dos anticoncepcionais: a prevenção da gravidez e o maior controle da mulher sobre a própria vida. No entanto, também há outras vantagens e indicações do uso da pílula. Alguns bons exemplos são:

  • controle de sintomas nos casos de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
  • redução dos sintomas da tensão pré-menstrual (TPM);
  • tratamento de cólicas;
  • tratamento de questões como a endometriose;
  • redução do fluxo menstrual;
  • regularização da menstruação.

Quais são os tipos de anticoncepcionais?

Há vários tipos de anticoncepcional, nome dado exclusivamente aos medicamentos que agem por via hormonal no organismo. Aos outros métodos contraceptivos é dado o nome de “métodos de barreira”. 

Confira alguns métodos anticoncepcionais a seguir!

Pílulas

São a forma mais famosa de anticoncepcional. Devem ser tomadas diariamente, de preferência no mesmo horário.

Injeção

A injeção anticoncepcional pode ser aplicada mensalmente ou a cada 3 meses, dependendo da indicação do seu médico.

Adesivo

É, literalmente, um adesivo que deve ser colado na pele semanalmente. Por isso, a cada 7 dias, você deve fazer a troca do produto e dar uma pausa de uma semana após 3 adesivos usados.

Anel

O anel vaginal é um produto colocado dentro da vagina. Ele é trocado mensalmente.

Implante

O implante é um dispositivo bem pequeno que, como o nome diz, é implantado na pele da paciente. Ele pode ser trocado a cada 6 meses, 1 ano e até a cada 3 anos, dependendo da marca.

DIU

Por fim, há o DIU, o dispositivo intrauterino. Ele pode ser apenas um método de barreira — conhecido como DIU de cobre — ou também liberar hormônios no organismo da mulher.

Para que o anticoncepcional é prescrito?

O seu médico ginecologista poderá prescrever o anticoncepcional para várias finalidades. Afinal, além de prevenir a gravidez, ele ajuda no tratamento de outros problemas, especialmente os de cunho reprodutivo. Exemplos são a Síndrome dos Ovários Policísticos e a endometriose.

No entanto, também é possível usar a pílula para outras finalidades. Por exemplo, quando a mulher utiliza medicamentos que são incompatíveis com a gravidez. Um exemplo é o tratamento de questões como a alopecia androgenética, que exige o uso de fármacos que podem prejudicar o feto.

Nesses casos, o próprio anticoncepcional também pode ajudar, bloqueando os hormônios masculinos (testosterona) no organismo da mulher e atuando como coadjuvante no tratamento do problema dermatológico. Legal, não é mesmo?

Como ele funciona?

Cada anticoncepcional tem a sua via de ação. No entanto, o principal objetivo de todos eles é manter os níveis hormonais em taxas que evitem que a mulher entre no período de ovulação.

O ciclo menstrual feminino é uma cadeia de eventos bem complexa. Nele, hormônios se ativam e se desativam, fazendo com que outros processos iniciem ou terminem. No caso, o objetivo é evitar que os “gatilhos” da ovulação aconteçam e, com isso, impedir a fertilidade feminina.

Por isso, é muito importante que você tome a sua pílula sempre no mesmo horário, garantindo que as taxas de hormônio fiquem estáveis em seu organismo. Ou, claro, que faça a troca do método anticoncepcional (como anel, adesivo ou outros) dentro do período previsto.

Anticoncepcional faz mal?

Essa é uma pergunta muito frequente. Afinal, o anticoncepcional faz mal para a saúde? A resposta é: depende.

Por mais que ele traga muitos benefícios, não podemos nos esquecer de que estamos falando de um medicamento. Assim, a automedicação não deve ser praticada. A prescrição dos anticoncepcionais só pode ser feita por um ginecologista, por vezes em parceria com outros profissionais, como o hepatologista e o endocrinologista.

Isso porque há algumas contraindicações para o seu uso, como casos de problemas de circulação, risco de acidente vascular cerebral e tromboembolismo e, claro, problemas no fígado. 

Então, ao se perguntar se o anticoncepcional engorda ou faz algum mal para a saúde, tenha em mente que tudo dependerá do seu organismo. Então, exames prévios e um bom bate-papo com o ginecologista são fundamentais para uma prescrição correta, ok?

Como podemos ver, os anticoncepcionais são uma estratégia muito importante para a saúde feminina. No entanto, devem ser prescritos com cautela, a partir da análise minuciosa de um bom profissional. Então, consulte o seu médico e tire as suas dúvidas sobre a melhor pílula para a sua saúde!

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