Shaggy hair
Com origem no rock’n’roll dos anos 1970 e 1980, o corte voltou com força em 2020 e segue sendo um hit nos salões especializados em cabelo cacheado até hoje. “Feito com diversas camadas e muita textura, o comprimento geralmente varia da clavícula até a região dos seios. Por ser muito repicado, ele dá um corpo divertido aos cachos”.
Aliás, o shaggy perfeito é aquele que acompanha o movimento dos cachos e não o que tenta moldá-los! O resultado depende muito da finalização. “Quanto mais produto, menos volume; quanto mais livre o cabelo estiver, maior ele fica.
Mullet
O estilo é um clássico do rock, que recebeu diferentes influências ao longo dos anos, de Patti Smith a David Bowie. Depois, caiu no ostracismo, inclusive, sendo taxado como “cafona”.
Mais recentemente, porém, depois que celebridades como Miley Cyrus, Billie Eilish e FKA Twigs aderiram ao estilo, ele voltou a ser requisitado nos salões, principalmente entre a geração Z. Ele basicamente consiste em deixar a base do cabelo mais longo e o topo e as laterais mais curtas.
“A versão atualizada é super repicada, afinando a partir da linha da orelha. Ele geralmente vem acompanhado de uma franja longa”.
Blunt hair
Cortes com a base reta sempre foram mais indicados para cabelos lisos, porque dizia-se que eles só ficavam elegantes se estivessem bem alinhados. A volta desse estilo, dessa vez, é muito mais democrática – cabelo cacheado: pode vir!
“Com ele, ondas e cachos ganham mais corpo e forma. É perfeito para quem gosta de um cabelo mais pesado e denso”.
De acordo com a expert, o melhor comprimento para ele é o curto.
“Ele funciona melhor até a altura das axilas ou acima dos ombros, maior que isso pode perder a harmonia. Na hora de cortar, é preciso dar um acabamento moderno e minimalista, sem mechas desfiadas”.
Octopus hair
Na mesma onda do shaggy e do mullet, outra variação dos super repicados que viraram hit nos últimos tempos foi o octopus hair (cabelo polvo, em tradução literal).
“O nome se dá pela desconexão das pontas, que cria uma base mais longa que lembra os ‘tentáculos’, e o topo mais cheio, o que remete ao corpo do animal. Ele é uma versão mais moderna do corte em camadas, tendência nos anos 1990“.
Diferente dos outros dois, ele é menos repicado e não tem tanta textura. De acordo com o hairstylist, o corte funciona para todos os cabelos e é ótimo para dar uma variada nos fios longos e ganhar mais movimento.
Long bob
Verdade seja dita: o long bob nunca sai de moda. Mas em determinados momentos, ele ganha fôlego extra, virando o queridinho dos salões.
O bob tradicional é caracterizado principalmente pelas mechas que saem retas do topo da cabeça até a ponta. A versão longa chega até a região dos ombros. “Para as cacheadas, ele é um grande facilitador no dia a dia. Sua frente alongada permite diversos penteados e traz mais leveza no comprimento”.
Para quem quer modernizar o clássico, as versões assimétricas são apostas certeiras. “Ele é mais comprido de um dos lados e geralmente vem com uma franja lateral. É feito em camadas e com repicado, distribuindo o volume dos cachos de forma harmoniosa”.
Tapered hair
Este é um dos cortes mais clássicos para os adeptos dos curtinhos. Ele começa longo no topo da cabeça e vai ficando mais curto na lateral – ele pode vir mais sutil, como se fosse um degradê, ou mais marcado, com um undercut ou moicano.
“O mais legal do corte é a possibilidade de brincar com diferentes formatos na coroa, do círculo ao triângulo”.
De acordo com o expert, ele pode ou não vir acompanhado de franjas. “Quando elas aparecem, geralmente vem mais longas e na diagonal, emoldurando o rosto. Fica muito charmoso!”.
Coração
Conhecido como “heart shaped”, o corte é um dos queridinhos entre crespas e cacheadas. “Ele tem a raiz mais cheia e vai afinando a partir do meio, deixando as pontas com menos volume”.
O formato aparece com a risca central, que permite que os cachos do topo da cabeça façam a parte de cima do coração, enquanto o comprimento forma um ‘v’. O estilo aparece com mais frequência em cabelos acima do ombro, mas o hairstylist garante que ele funciona também nos mais longos.
“Independente do comprimento, é um corte que valoriza o volume. Inclusive, fica lindo com uma finalização mais suave, deixando a textura natural”.
Redondo
Por ser versátil e atemporal, este é outro corte queridinho entre as cacheadas. “Ele possui forma de ‘u’ e ajuda muito a definir os cachos.
Ele pode ser feito em diferentes comprimentos de cabelo: nos curtinhos, garante o black power; no médio, traz modernidade e volume; para os longos, dá mais definição e movimento”.
A especialista ainda afirma que ele é uma boa saída para quem está passando pela transição capilar. “Principalmente para quem quer fazer o big chop, já que o formato garante melhor aproveitamento da retirada de pontas alisadas”,
Curtain bangs
Brigitte Bardot e Jane Birkin são os ícones que ajudaram a tornar a franja cortininha um hit entre os anos 1960 e 1970. Ainda que tenha surgido décadas atrás, vira e mexe o estilo volta a bombar nos salões. Mais recentemente, celebridades como Zendaya e Bruna Marquezine aderiram ao corte.
“O nome faz referência ao formato da franja, que possui uma abertura no centro, como um ‘v’ invertido. Ela tem um movimento diagonal que acompanha o contorno do rosto”. Por ser mais comprida e ter um crescimento bonito, que acompanha o restante do cabelo, ela exige menos manutenção.
Microfranja
Também conhecida como baby bangs, ela foi muito popular nos anos 1950, quando as pin-ups adotaram-na como visual oficial. Mais recentemente, ela virou figurinha carimbada na cena alternativa das grandes capitais.
“É uma franja bem curtinha, que vai até o meio da testa, e geralmente possui um corte reto”.
Apesar de ser mais comum em cabelos lisos, ela tem sido cada vez mais aplicada ao cabelo cacheado que querem modernizar o visual. “Ela, inclusive, tem sido muito utilizada em combinação com o corte blunt“,